O mundo chora a morte do Papa Francisco
- Cesar Moutinho
- 21 de abr.
- 11 min de leitura
O anúncio foi dado, com pesar, na manhã desta segunda-feira, diretamente da Capela da Casa Santa Marta, no Vaticano

Morre o Papa Francisco. O anúncio foi dado, com pesar, na manhã desta segunda-feira, diretamente da Capela da Casa Santa Marta, no Vaticano, pelo camerlengo da Igreja, o cardeal Joseph Farrell, com as seguintes palavras:
“Às 7h35 desta manhã, o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja.
Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados.
Com imensa gratidão por seu exemplo como verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, recomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Trino.”
Última mensagem
Ontem, domingo, o Pontífice apareceu na sacada da Basílica de São Pedro para a mensagem de Páscoa Urbi et Orbi, deixando sua última mensagem para a Igreja e o mundo.
O texto, lido pelo Mons. Diego Ravelli, mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, ressaltou a Páscoa como festa da vida:
“Cristo ressuscitou! Neste anúncio encerra-se todo o sentido da nossa existência, que não foi feita para a morte, mas para a vida. A Páscoa é a festa da vida! Deus criou-nos para a vida e quer que a humanidade ressurja! Aos seus olhos, todas as vidas são preciosas! Tanto a da criança no ventre da mãe, como a do idoso ou a do doente, considerados como pessoas a descartar num número cada vez maior de países.”
Este anúncio de esperança ressoa hoje ainda mais forte enquanto vemos todos os dias os inúmeros conflitos que ocorrem em diferentes partes do mundo. “Quanta violência vemos com frequência também nas famílias, dirigida contra as mulheres ou as crianças! Quanto desprezo se sente por vezes em relação aos mais fracos, marginalizados e migrantes!”, escreve com pesar Francisco, que formula os seus votos:
“Neste dia, gostaria que voltássemos a ter esperança e confiança nos outros” e “a ter esperança de que a paz é possível!” O Santo Padre então elenca os vários países e regiões em conflito, a partir da Terra Santa, onde este ano católicos e ortodoxos celebram a Páscoa juntos, manifestando preocupação com o crescente clima de antissemitismo e definindo como “dramática e ignóbil” a situação humanitária em Gaza.
Em sua última mensagem, o Papa também fez seus apelos pela paz, que “não é possível sem um verdadeiro desarmamento”. O pedido do Pontífice foi para que os recursos disponíveis sejam utilizados para ajudar os necessitados, combater a fome e promover iniciativas que favoreçam o desenvolvimento. “Estas são as ‘armas” da paz: aquelas que constroem o futuro, em vez de espalhar morte!”, afirmou.
“Que o princípio da humanidade nunca deixe de ser o eixo do nosso agir quotidiano. Perante a crueldade dos conflitos que atingem civis indefesos, atacam escolas e hospitais e agentes humanitários, não podemos esquecer que não são atingidos alvos, mas pessoas com alma e dignidade.” Por fim, os votos de que neste ano jubilar a Páscoa seja uma ocasião para libertar os prisioneiros de guerra e os presos políticos.
A IGREJA NO BRASIL SOB O OLHAR DO PAPA FRANCISCO:
Desde o início de seu pontificado, em 2013, o Papa Francisco direcionou importantes mensagens e pronunciamentos à Igreja no Brasil, seja em ocasiões especiais como sua viagem apostólica ao Rio de Janeiro ou por meio de comunicações enviadas a eventos significativos. Ao longo dos anos suas palavras abordaram temas essenciais para a Igreja brasileira refletindo sobre fé, justiça social, e o papel da Igreja no contexto atual do país. A seguir, destacamos alguns dos momentos mais marcantes dessa comunicação entre o Papa e a Igreja no Brasil:
Mensagem na Jornada Mundial da Juventude (2013)
Um dos momentos mais significativos da visita do Papa Francisco ao Brasil ocorreu em julho de 2013, durante sua viagem apostólica para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Rio de Janeiro. Ao longo do evento, o Papa fez diversos pronunciamentos abordando temas como fé, solidariedade, juventude e os desafios sociais enfrentados pelo Brasil. Em seus encontros com autoridades e com o clero brasileiro, ele fez um apelo enfático à Igreja no país, convidando-a a ser uma Igreja de serviço, escuta e acolhimento.
Durante a Santa Missa da JMJ, o Papa Francisco ofereceu uma mensagem profunda aos jovens, destacando três palavras-chave: “Ide, sem medo, para servir”. Ele os desafiou a não guardar a experiência da fé vivida na JMJ apenas para si, mas a compartilhá-la com o mundo, como uma chama que se torna mais forte ao ser transmitida.
O Papa ressaltou que evangelizar não é uma imposição de poder, mas um mandato de amor, e pediu que os jovens não temessem essa missão, pois Deus estaria sempre com eles. Ele também enfatizou que a evangelização exige serviço aos outros, superando egoísmos, assim como Jesus fez ao viver sua vida em dedicação aos demais. Além disso, o Papa destacou que o melhor instrumento para evangelizar os jovens é outro jovem e fez um apelo aos sacerdotes e grupos de pastoral para que continuem a apoiar e acompanhar os jovens em sua missão. Ao concluir, ele afirmou que, ao levar o Evangelho, os jovens teriam a força para transformar o mal e construir um mundo novo, com o auxílio de Maria, Mãe de Jesus.
Encontro com o episcopado brasileiro – Durante sua visita ao Arcebispado do Rio de Janeiro, o Papa Francisco abordou com grande profundidade os desafios da Igreja no Brasil, destacando a necessidade urgente de uma formação qualificada para todos os ministros da Igreja: bispos, sacerdotes, religiosos e leigos.
Ele enfatizou que é fundamental formar ministros capazes de tocar e aquecer o coração das pessoas, caminhar com elas nas suas dificuldades, dialogar com suas ilusões e desilusões, e ajudá-las a reconstruir suas vidas. O Papa alertou que, sem essa formação sólida, o futuro da Igreja no Brasil será incerto. Ele lembrou o exemplo dos discípulos de Emaús, que, ao encontrarem Jesus, sentiram seus corações aquecerem (cf. Lc 24,32). Assim, salientou que a formação deve criar pessoas preparadas para enfrentar as trevas sem perder a própria identidade, ouvir a ilusão sem ser seduzidas por ela, e acolher as desilusões sem se render ao desespero.
O Papa sublinhou a necessidade de uma formação humana, cultural, afetiva, espiritual e doutrinal robusta. Ele pediu aos bispos que não se contentem com uma formação vaga ou pontual, mas que promovam estruturas duradouras de preparação em todos os níveis – local, regional e nacional. Para o pontífice, a formação não pode ser delegada; ela deve ser uma prioridade central para a Igreja no Brasil, exigindo uma dedicação plena e contínua dos bispos. Para o Papa, essa é a chave para o futuro da Igreja brasileira e sua missão de transformar a vida das pessoas.
Às Campanhas da Fraternidade (CF)
O Papa Francisco também fez pronunciamentos sobre as Campanhas da Fraternidade (CF), uma iniciativa anual que convida os católicos do Brasil a refletir sobre temas sociais e espirituais. Em várias edições da CF, o pontífice enviou mensagens de apoio e reflexão, incentivando a Igreja no Brasil a dar testemunho de solidariedade, justiça e fraternidade, especialmente em relação aos problemas sociais mais urgentes, como a pobreza, a desigualdade e o meio ambiente.
Na CF de 2014, o Papa destacou o tema “Fraternidade e Tráfico Humano”, chamando à conscientização sobre a liberdade conquistada por Cristo na Páscoa. Ele alertou sobre as diversas formas de tráfico humano, como exploração sexual, adoção ilegal e trabalho forçado, e fez um apelo para que os cristãos e a sociedade se mobilizem contra essa chaga social. O Papa ressaltou a importância do exame de consciência, lembrando que a dignidade humana deve ser respeitada, pois todos são filhos de Deus. Ele concluiu invocando a proteção divina sobre os brasileiros, desejando que a liberdade em Cristo seja vivida com compaixão e solidariedade.
Na CF de 2015, o pontífice destacou a importância da Quaresma como tempo de penitência, oração e caridade. O tema”Fraternidade: Igreja e Sociedade”, visou aprofundar o diálogo e colaboração entre a Igreja e a sociedade, à luz do Evangelho. O Papa ressaltou que a Igreja, enquanto comunidade, não pode ser indiferente às necessidades dos outros, especialmente dos pobres. Ele incentivou todos a agir concretamente, ajudando os necessitados e sendo instrumentos de Deus na promoção da justiça e fraternidade. Ao final, pediu que todos rezeis por ele e enviou sua Bênção Apostólica.
Na CF de 2016, o Santo Padre destacou a importância do saneamento básico como um direito essencial para todos. Com o tema “Casa comum, nossa responsabilidade” e lema bíblico do Profeta Amós, ele enfatizou que o acesso à água potável e ao esgoto sanitário é fundamental para combater a pobreza, a fome e as doenças. O Papa convidou as pessoas a se mobilizarem, incluindo governos e sociedades, para promover a justiça e garantir esse direito, especialmente aos mais pobres. Ele também ressaltou a conexão entre a degradação ambiental e social e a importância de uma espiritualidade ecológica que promova a solidariedade e o cuidado com a criação. Ao final, pediu orações e enviou sua bênção apostólica.
NA CF de 2017, ele destacou a importância de cuidar da criação, especialmente dos biomas brasileiros, e promover relações fraternas com a natureza e as culturas locais. O Papa lembrou que as degradações ambientais estão frequentemente associadas a injustiças sociais e enfatizou a necessidade de aprender com os povos originários que vivem em harmonia com a natureza. O Papa também falou sobre a importância da espiritualidade pascal e da conversão integral, que deve envolver aspectos pessoais, comunitários, sociais e ecológicos. Francisco pediu que a campanha tenha sucesso e abençoou o povo brasileiro, pedindo orações por ele.
Na CF de 2018, se uniu aos fiéis brasileiros para a Campanha da Fraternidade de 2018, cujo tema é “Fraternidade e a superação da violência”. Ele ressaltou que a campanha busca promover a cultura da paz, reconciliação e justiça, seguindo o exemplo de Jesus Crucificado. O Papa convidou todos a reconhecer a violência nas diversas formas e a superá-la com amor, perdão e fraternidade, destacando que o perdão é essencial para alcançar a paz. Ele pediu que a campanha ajude todos a se tornarem construtores da paz em suas comunidades e relações, com pequenos gestos de respeito e misericórdia. Francisco concluiu pedindo a proteção de Nossa Senhora Aparecida sobre o Brasil e uma Bênção Apostólica, pedindo orações por ele.
Na CF de 2019 convidou os brasileiros a se prepararem para a Páscoa com jejum, esmola e oração, destacando a importância das “políticas públicas” como meio de promover o bem comum. Ele enfatizou que todos, inspirados pela justiça e direito, devem participar ativamente da sociedade, especialmente os cristãos, construindo uma cultura fraterna. Francisco também pediu aos políticos que ajam com paixão e coloquem o bem comum acima de seus interesses privados. O Papa concluiu desejando que a campanha ajude os cristãos a verem Cristo nos mais necessitados, para transformar o Brasil em uma nação mais justa e fraterna, e deu sua Bênção Apostólica, pedindo orações por ele.
Na CF de 2020, destacou que a Quaresma é um tempo de oração e conversão, no qual refletimos sobre o valor da vida, que é um dom de Deus a ser continuamente cuidado. O tema deste ano enfoca a responsabilidade de cuidar da vida em todas suas formas, especialmente diante dos sofrimentos do mundo. Inspirados pela parábola do Bom Samaritano, somos chamados a ver, sentir compaixão e cuidar dos necessitados. Francisco reforçou a importância da compaixão e solidariedade e pediu que a Quaresma fortaleça o valor da vida como dom e compromisso. Ele também invocou a intercessão de Santa Dulce dos Pobres e concedeu sua Bênção Apostólica, pedindo orações por ele.
Na CF 2021, destacou a Quaresma como um tempo de reflexão, oração, jejum e esmola, especialmente diante da pandemia. Ele enfatiza que, seguindo o exemplo da parábola do Bom Samaritano, devemos cuidar uns dos outros e superar divisões, unindo-nos em torno da vida. O tema deste ano, “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor”, convida os fiéis a praticarem o diálogo, ouvindo o outro e superando o egoísmo. Francisco também reforça a importância do diálogo ecumênico, com as Igrejas do CONIC, e lembra que os cristãos devem contribuir para a fraternidade e justiça, especialmente para os mais vulneráveis. Ele conclui com uma bênção apostólica e pede orações por ele.
Na CF 2022, o Papa Francisco convidou os fiéis a refletirem sobre a relação entre “Fraternidade e Educação”, tema central da campanha, que visa valorizar o ser humano em sua totalidade e combater a “cultura do descarte”, que marginaliza os mais vulneráveis. Ele destacou a urgência de adotar ações transformadoras no campo educacional para promover a fraternidade universal e um humanismo integral, lembrando o apelo para um Pacto Educativo Global que busca unir esforços para formar pessoas capazes de superar divisões e reconstruir relações mais fraternas.
Na CF de 2023, destaca a Quaresma como um tempo de conversão, onde devemos redirecionar nossas vidas para Deus. Ele chama a atenção para a fome, um escândalo no mundo, e lembra que Jesus nos convida a partilhar o que temos com os mais necessitados, especialmente os que passam fome. O Papa enfatiza que a partilha deve ser uma prática constante, não limitada a ações pontuais. Ele também pede que a luta contra a fome envolva a colaboração de igrejas, governos e a sociedade. Conclui com uma bênção apostólica, pedindo orações por ele.
Na CF de 2024, celebrou os 60 anos da campanha, ressaltando seu papel de conversão que une fé, espiritualidade e compromisso com os necessitados. Com o tema “Fraternidade e Amizade Social” e o lema “Vós sois todos irmãos e irmãs”, inspirado pela Encíclica Fratelli Tutti, o Papa chama o povo brasileiro a construir uma fraternidade universal e a superar divisões e indiferença. Ele deseja que a Campanha ajude na conversão ao Evangelho, promovendo paz e unidade, e concede sua bênção apostólica.
Lula decreta luto oficial de sete dias pela morte do papa Francisco

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou nesta segunda-feira (21) luto oficial de sete dias em homenagem ao papa Francisco. Por meio de nota, o presidente destacou o legado do pontífice argentino Jorge Mario Bergoglio e lamentou profundamente a perda de uma “voz de respeito e acolhimento ao próximo”.
Lula ressaltou que Francisco viveu e propagou valores como o amor, a tolerância e a solidariedade.
“Assim como ensinado na oração de São Francisco de Assis, o Papa buscou de forma incansável levar o amor onde existia o ódio. A união, onde havia a discórdia”, disse.
O presidente também destacou a atuação do papa em temas centrais da agenda social e ambiental global. Segundo ele, com simplicidade, coragem e empatia, Francisco levou ao Vaticano o debate sobre as mudanças climáticas e denunciou modelos econômicos geradores de injustiças e desigualdades.
“Ele sempre se colocou ao lado daqueles que mais precisam: os pobres, os refugiados, os jovens, os idosos e as vítimas das guerras e de todas as formas de preconceito”, afirmou Lula.
O presidente lembrou ainda os encontros que teve com o papa, ao lado da primeira-dama Janja da Silva, como momentos de carinho e partilha de ideais comuns. “Pudemos compartilhar nossos ideais de paz, igualdade e justiça. Ideais de que o mundo sempre precisou. E sempre precisará”, disse.
Ao finalizar a nota, o presidente desejou consolo a todos que sofrem com a perda do líder religioso. “O Santo Padre se vai, mas suas mensagens seguirão gravadas em nossos corações”, concluiu.
Encontros
O presidente Lula e o papa Francisco se encontraram oficialmente em três ocasiões. O primeiro encontro ocorreu em 13 de fevereiro de 2020, no Vaticano. A reunião, de caráter privado, foi realizada na Casa Santa Marta, onde o Papa costuma receber convidados em um ambiente mais reservado e informal. Durante cerca de uma hora, eles conversaram sobre a importância da solidariedade, do combate às desigualdades e da construção de um mundo mais justo e fraterno.
Já eleito, Lula voltou a se reunir com o pontífice em 21 de junho de 2023, também no Vaticano. Na ocasião, além de reafirmarem os laços de amizade, discutiram temas da agenda global, como a promoção da paz, a preservação ambiental e a luta contra a fome e a pobreza. O presidente convidou o papa Francisco para visitar o Brasil, especialmente durante a celebração do Círio de Nazaré, em Belém (PA).
O terceiro encontro aconteceu em 14 de junho de 2024, durante a Cúpula do G7, realizada na região de Apúlia, no sul da Itália. O papa participou pela primeira vez como orador no evento, destacando a necessidade de um uso ético da inteligência artificial e condenando o desenvolvimento de armas autônomas letais. Em uma reunião privada, Lula e Francisco voltaram a discutir temas como o combate à fome, a promoção da paz e a necessidade urgente de reduzir as desigualdades globais.
Em fevereiro deste ano, Janja teve um novo encontro com o papa Francisco em meio a uma viagem a Roma para a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Durante a reunião, ela agradeceu as orações pela saúde de Lula e compartilhou com o Papa reflexões sobre a situação de mulheres e meninas afetadas pela fome e a pobreza.
Visita ao Brasil
Após sua eleição em 2013, o papa Francisco teve o Brasil como primeiro destino internacional e foi recebido pela então presidenta Dilma Rousseff.
O pontífice esteve na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), evento que reuniu milhões de jovens de todo o mundo.
Durante a visita, o papa visitou a Favela da Varginha, o Hospital São Francisco de Assis na Providência de Deus e celebrou missas para multidões em Copacabana.
Nessa mesma viagem, esteve no Santuário Nacional de Aparecida (SP), onde também reuniu uma multidão de fiéis.
Causa da Morte
A morte do Papa Francisco se deu por derrame cerebral e parada cardiorrespiratória irreversível
A certificação do falecimento do Santo Padre está presente na declaração de óbito assinada pelo professor Andrea Arcangeli, diretor do Departamento de Saúde e Higiene do Estado da Cidade do Vaticano. A constatação da morte foi realizada por meio de registro eletrocardiotanatográfico.
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