top of page

A geo que virou política

  • Cesar Moutinho
  • 24 de jul.
  • 3 min de leitura

Editorial: Cesar Moutinho

 

  Editorial: Cesar Moutinho   

 

Editorial: Cesar Moutinho

 

Louco de saudades te faço uma pergunta meu caro e fidedigno leitor. O Brasil império voltou? Lógico que não, mas o Jornal O PATRONO está de volta, traduzindo a geopolítica cotidiana, em Duque de Caxias e demais municípios da Baixada Fluminense, levando informação para quem mora, trabalha e consome na região. Agora com um aliado de peso; o site: opatrononews.com.br (é só acessar). Entretanto, não posso me furtar da notícia que correu Brasil mundo afora. O tarifaço em 50% das exportações brasileiras aos EUA proposto pelo Presidente Donald Trump.  Ao buscar um tom tanto quanto esclarecedor, a palavra geopolítica - termo criado pelo cientista político sueco Rudolf Kjellén, no início do século XX, inspirado pela obra de Friedrich Ratzel, Politische Geographie (Geografia Política), de 1897 - nos impõe respeito.  Portanto, pedimos licença ao assumir o enunciado do nosso editorial: "A geo que virou política"; um hiato da palavra geopolítica. A atitude arbitrária, insana e por que não dizer megalomaníaca do "todo poderoso" Trump, coloca a economia e a soberania brasileira em xeque. O Brasil mantém uma relação diplomática e amistosa no âmbito comercial e político com os EUA há mais de 200 anos, com os números sendo desfavoráveis à nossa economia, com pequenas flutuações na série histórica - com o exemplo da primeira década dos anos 2000. Já nos últimos 15 anos, com os subsequentes déficits comerciais, ano a ano, a balança comercial se mostra deficitária, registrando um saldo negativo de US$410 bi. Os últimos registros mostram que de janeiro a junho deste ano, os EUA já alcançaram um superávit de US$1,7 bi - dado o crescimento expressivo das importações brasileiras de 500% - acompanhando a tendência da série histórica, ainda maior que 2024 (com um superávit norte-americano de US$300 milhões). No entanto, não é justo pagarmos a conta da recessão que aflige os americanos,  e nem mesmo, os estadunidenses, que já notam o peso da inflação dos produtos exportados pela economia brasileira, mesmo antes de entrar em vigor as tarifas a serem sancionadas a partir de 1º de agosto. O clima de instabilidade toma conta das principais empresas exportadoras de café, suco de laranja, carne, frango. As sanções podem resultar demissões em massa. Notadamente, a iniciativa adotada por Donald Trump, deixou clara, a sua interferência no processo que tramita em Brasília contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Por sua vez o presidente da República em exercício, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu a soberania e a justiça brasileira. Aliás, vamos combinar... o Brasil colônia já era há tempo, e o território brasileiro "não é casa da mãe Joana". Entretanto, por conta da famigerada polarização que assola o país, cidades, bairros e lares, estão cada vez mais divididos.  Quero deixar claro que não defendo nenhum dos lados: nem "B" nem "L". Contudo, mesmo que o texto seja opinativo, a imparcialidade faz parte da ética do jornalismo, não abrimos mão disso. Agora, juízo de valor, cada um que faça o seu. O que está em jogo é a soberania da nação brasileira e a vida do povo brasileiro. Não estamos atrelados a siglas partidárias, todavia, voltados ao poder que emana do povo para o povo. O ego e a soberba é evidente na política, os territórios estão cada vez mais demarcados por mandatários impondo suas ordens e cobrando taxas; fatos verídicos que evidenciam a fragilidade do Estado de Direito; é a "Geo que virou política".

Correndo contra o tempo, especialistas econômicos brasileiros tentam a todo custo buscar uma solução para a irrevogável decisão de Donald Trump. Estamos vivenciando um embate entre David contra Golias. No primeiro momento esbarramos no tarifaço, que entrará em vigor no dia 1º de agosto. Agora pasmem se houver um segundo momento. A empresa que monitora o GPS de propriedade Norte Americana pode ser desligada. Nesse casso estamos fadados a perder a comunicação com o resto mundo. A mobilidade urbana e internacional sofrerá paralisação total e o fornecimento de internet também pode se interrompido. Contudo, eu me recuso em falar da aplicação da lei Magnistck. Enfim, torcemos para que haja bom senso e consenso, a partir do diálogo, entre Brasil e EUA para bem geral dos 200 milhões de brasileiros. Abaixo "A geo que virou política". Que vença a "GEOPOLÍTICA". Até a edição 415 se Deus quiser.

Comentários


bottom of page