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É temporada de inverno e vinho bom é o que a gente gosta

  • Cesar Moutinho
  • 24 de jul.
  • 2 min de leitura

Como montar uma noite de queijos e vinhos em casa, sem precisar subir a serra. É politicamente correto tratando-se da companhia ideal em tempo de baixas temperaturas

Como montar uma noite de queijos e vinhos em casa, sem precisar subir a serra. É politicamente correto tratando-se da companhia ideal em tempo de baixas temperaturas

Por: Moreno Assumpção

 

Chega o inverno — ou pelo menos algo parecido com ele e na região metropolitana do rio a temperatura mal caiu de verdade, mas bastou o vento ficar mais preguiçoso e o sol se esconder antes das seis que já tem gente falando em vinho, queijo e cobertor. E com razão: essa é mesmo a época do ano em que o corpo pede algo mais encorpado, mais quente, mais lento. E uma boa noite de queijos e vinhos em casa pode ser o programa ideal para atender a esse chamado sem precisar enfrentar fila na serra.


É fácil cair na armadilha do “post perfeito” que ensina como harmonizar com precisão matemática: queijo tal com vinho tal, uva X com intensidade Y e acidez Z. Mas o vinho, apesar do que dizem, não é ciência pura. Ele é, antes de tudo, gosto — e gosto, como se sabe, é treino, tempo e tentativa.


Claro que um bom gouda vai muito bem com uma uva como a cabernet sauvignon. Mas também pode surpreender com uma merlot, uma tannat, ou até uma syrah mais leve. Brie casa com espumante? Sim. Mas também se dá lindamente com chardonnay ou até com um rosé seco. O importante não é seguir regras rígidas, mas experimentar combinações que conversem com o seu paladar — e com o seu bolso.


Duque de Caxias ainda não é exatamente um polo de lojas especializadas, mas os mercados da cidade já oferecem uma variedade decente de rótulos acessíveis. Basta olhar com um pouco mais de curiosidade. Espumantes nacionais, tintos frutados do sul do Brasil, rosés argentinos e brancos chilenos sempre estão nas prateleiras.


E quanto aos queijos, também não é preciso recorrer ao importado de nome impronunciável: o bom e velho parmesão nacional, o queijo prato curado, um gorgonzola suave ou mesmo um queijo minas padrão mais firme já rendem noites deliciosas.


A montagem do encontro pode ser simples: três queijos diferentes (um mais cremoso, um mais forte, um mais seco), duas garrafas de vinho com perfis distintos (um mais leve e um mais intenso), algumas castanhas, um pão fresco e, se quiser ir além, uma geleia de pimenta ou damasco. Pronto. Luz baixa, trilha sonora calma, e o inverno chega à sala.


Mais do que luxo, o que essa noite oferece é tempo. Tempo pra mastigar devagar, pra ter contato com a mistura de sabores, pra conversar com calma. E, quem sabe, até descobrir uma combinação nova que nem a revista mais especializada do mundo jamais ousou sugerir. Porque, no fim das contas, vinho bom é o que a gente gosta.

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