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Violência tríplice é combatida contra a mulher em Caxias

  • Cesar Moutinho
  • 18 de ago.
  • 3 min de leitura
Moral, Vergonha e Medo: Entenda a Teoria Tríplice da Delinquência no Combate à Violência contra a Mulher em Duque de Caxias
Moral, Vergonha e Medo: Entenda a Teoria Tríplice da Delinquência no Combate à Violência contra a Mulher em Duque de Caxias

Por: Angélica Cunha


A violência contra a mulher é uma chaga social que desafia as instituições brasileiras e exige respostas contundentes e inovadoras. Em Duque de Caxias, município da Baixada Fluminense que concentra índices alarmantes de agressões e feminicídios, o problema é ainda mais urgente. 


“A sociedade precisa transformar o agressor em um pária social. O repúdio público é tão importante quanto a punição legal para impedir a reincidência.” Afirma Zema

Segundo dados recentes, a cidade responde por 23% dos feminicídios na região, um número que chama atenção para a necessidade de novas abordagens no combate a esses crimes.


Nesse contexto, a Teoria Tríplice da Delinquência, proposta pelo jurista José Maria da Silva Filho, o Dr. Zema, apresenta uma perspectiva inovadora e fundamentada para entender as causas da criminalidade e apontar caminhos para a prevenção. A teoria parte do princípio de que o comportamento delituoso resulta da falência simultânea de três pilares fundamentais: moralidade, vergonha e medo.


“Formar homens para serem protetores e respeitadores das mulheres é tão urgente quanto punir exemplarmente os agressores. Educação e punição caminham juntas para mudar essa realidade", Complementa Zema.


Moralidade: A Base do Respeito e da Ética

O primeiro pilar da teoria é a moralidade, que representa os valores éticos e sociais internalizados desde a infância. Em uma sociedade onde a educação não promove o respeito à mulher e a igualdade de gênero, a moralidade fica fragilizada. Em Duque de Caxias, a persistência de um ambiente cultural que muitas vezes naturaliza ou minimiza a violência doméstica demonstra a fragilidade desse pilar.


Dr. Zema destaca que a transformação social deve começar pela educação, formando meninos e jovens com consciência sobre a importância do respeito e da proteção às mulheres. Para ele, o combate à violência precisa ser preventivo e incluir a desconstrução de padrões tóxicos de masculinidade desde a infância.


Vergonha: O Controle Social que Inibe a Violência

O segundo pilar, a vergonha, diz respeito à reação da sociedade diante do agressor. Em muitas comunidades, o silêncio e a conivência funcionam como um combustível para o ciclo da violência. Dados mostram que, apesar das políticas públicas, em Duque de Caxias a violência contra a mulher permanece alta, reflexo da dificuldade em criar uma cultura de repúdio social efetivo aos agressores.


Campanhas de conscientização e ações comunitárias são essenciais para que o agressor se torne socialmente rejeitado, impedindo que ele encontre apoio ou cumplicidade no meio onde vive. Para Dr. Zema, a vergonha pública é uma ferramenta poderosa para desestimular a repetição do crime.


Medo: A Efetividade da Justiça

O terceiro e último pilar é o medo, que depende da certeza e da rapidez da punição. Um sistema judiciário lento e ineficaz gera a sensação de impunidade, incentivando a reincidência. Em Duque de Caxias, a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) atua no acolhimento e no encaminhamento das vítimas, mas ainda enfrenta desafios para garantir a efetividade da punição aos agressores.


Dr. Zema argumenta que a justiça deve ser não só rigorosa, mas também visível para a sociedade, para que o medo da punição se torne um freio real à violência.


Os Dados Como Alerta e Chamada para Ação

Os números falam por si: Duque de Caxias concentra quase um quarto dos feminicídios da Baixada Fluminense e tem milhares de registros de violência contra a mulher anualmente. Esses dados são o alerta para que autoridades, sociedade civil e cidadãos se mobilizem, adotando as medidas propostas pela Teoria Tríplice da Delinquência para fortalecer a moralidade, a vergonha social e o medo da punição.


O Livro “Moral, Vergonha e Medo: Teoria Tríplice da Delinquência”

O jurista Dr. Zema detalha essa abordagem em seu livro “Moral, Vergonha e Medo: Teoria Tríplice da Delinquência”, uma obra que tem ganhado destaque entre estudiosos e profissionais do direito, segurança pública e educação. O livro oferece não apenas uma explicação teórica, mas também propostas práticas para que o Brasil avance na prevenção da violência.


Disponível em plataformas digitais, o livro é uma leitura indispensável para quem quer entender e atuar no enfrentamento da criminalidade sob uma ótica renovada.


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