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Quem Mandou Matar Marielle?

  • Foto do escritor: Julio Moutinho
    Julio Moutinho
  • 25 de mar. de 2024
  • 4 min de leitura

MARIELLE
A pergunta durou seis anos e dez dias, ontem domingo (24/03), a Polícia Federal colocou os culpados atrás das grades


Por: Fernanda Farias


Na manhã do último domingo (24/3), a Polícia Federal prendeu três suspeitos de mandar matar Marielle Franco.Os irmãos Chiquinho Brazão, Deputado Federal, no (Partido União Brasil) e Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado(TCE-RJ)e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do RJ, foram presos. Todos três já foram transferidos para Brasília. A Operação apura o assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes e a tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves.


O caso ocorreu em 14 de março de 2018, Marielle e Anderson foram assassinados , no bairro do Estácio, na região central do Rio.

Marielle Franco era uma socióloga e ativista política que cresceu no Complexo da Maré, comunidade da zona norte do Rio de Janeiro. Filiada ao Psol, trabalhou por dez anos no gabinete do então deputado estadual Marcelo Freixo. Em 2016, foi eleita vereadora do Rio com 46.502 votos, a quinta maior votação daquela eleição, tomou posse do cargo no ano seguinte.


Em seu período como vereadora, presidiu a Comissão da Mulher da Câmara de Vereadores e, pouco antes de morrer, tinha sido escolhida para fazer parte da comissão criada para fiscalizar a intervenção federal no Rio de Janeiro e denunciou casos de abuso e violência policial contra moradores de favelas do Rio de Janeiro e também ajudou parentes de policiais militares assassinados.


Anderson Gomes tinha 39 anos quando foi assassinado com três tiros nas costas. Ele trabalhava como motorista particular e também para aplicativos de transportes, como o Uber. Anderson substitui o motorista oficial de Marielle Franco, afastado por causa de um acidente. Ele era casado, tinha um filho de dois anos e morava na zona norte do Rio de Janeiro.


Eles voltavam de um evento em que a vereadora palestrou em uma roda de conversas na Casa das Pretas, na Lapa, cujo tema era mulheres negras no poder. Ao sair do encontro, ela entrou no carro com o motorista Anderson Gomes, acompanhada pela assessora Fernanda Chaves, logo em seguida, um Cobalt Prata clonado, onde estavam os assassinos, parou ao lado do carro da vereadora e disparou cerca de 13 vezes. Marielle foi atingida por quatro tiros na cabeça, Anderson recebeu outros três tiros pelas costas e Fernanda foi atingida por estilhaços, foi a única a escapar com vida do atentado.


A investigação da Polícia Civil e do Ministério Público apontou como assassino Ronnie Lessa, um ex-PM com passagem pelo Batalhão de Operações Especiais do Rio de Janeiro, o Bope.


Ronnie Lessa é considerado um dos integrantes do Escritório do Crime, formado por milicianos que atuam no Rio, já foi condenado por tráfico de armas e tem seu nome ligado ao jogo do bicho.


Outro acusado é o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, que dirigiu o carro usado no atentado. Em 2023, Élcio afirmou um acordo de delação premiada e confessou sua participação no crime e confirmou s participação efetiva de Ronnie Lessa como o autor dos disparos. No fim de dezembro, Ronnie Lessa afirmou seu próprio acordo de delação premiada e assumiu ter matado Marielle e Anderson.


Ronnie e Élcio estão presos no sistema penitenciário federal e aguardam julgamento por júri popular, ainda sem data marcada.

Além deles, a polícia também investigou Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, Ex-sargento do Corpo de Bombeiros, acusado de ter cedido um carro para a quadrilha esconder as armas após o crime e auxiliar no descarte delas. Lessa, Queiroz e Suel já são considerados réus pelo crime pelos homicídios de Marielle e Anderson. O Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como Orelha, é apontado como dono do ferro-velho que desmanchou o Cobalt prata, usado no assassinato. Segundo o G1, a denúncia Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o Cobalt foi levado até Edilson no dia 16 de março de 2018.


O assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e de seu motorista Anderson Gomes completou 6 anos na última quinta-feira (14/03), sem que tenha sido totalmente esclarecido. Mesmo com o autor dos disparos e o motorista que conduziu o veículo naquela noite estejam presos, ainda falta saber quem mandou matar Marielle.


Chiquinho e Domingos foram presos na manhã do último domingo, (24/03), por suspeita de serem "autores intelectuais" dos homicídios. Eles são apontados pela PF pelos assassinatos de Marielle e do motorista Anderson, assim como pela tentativa de homicídio da assessora de Marielle, Fernanda Chaves, que também estava no carro no dia do crime; Rivaldo é investigado por atrapalhar a investigações, ele assumiu a chefia da Polícia Civil um dia antes do atentado e era uma pessoa da confiança da família de Marielle .


Em entrevista nesta manhã, redirecionada ao portal G1, a mãe de Marielle, a Marinete, disse que “a prisão de Rivaldo, foi a sua maior surpresa, pois sua filha confiava nele e no trabalho dele; era questão de honra dele esclarecer a morte da vereadora. Por questões óbvias, porque a Marielle, além dele confiar, a Marielle garantiu a entrada do doutor Rivaldo no Complexo da Maré depois de uma chacina para ele entrar e sair com a integridade física garantida".


A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Uma operação conjunta formada pela Polícia Federal, Procuradoria Geral da República e Ministério Público do Rio de Janeiro cumpriu as prisões dos suspeitos mandantes do crime, no último domingo (24/03).



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