Encontro com diretores da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico aconteceu após adesão do Estado do Rio de Janeiro ao programa, que visa a governança integrada da Baía de Guanabara
Em Paris, o vice-governador e secretário do Ambiente, Thiago Pampolha, realizou na última terça-feira (05/09), a primeira reunião de trabalho com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), após a adesão do Estado do Rio de Janeiro ao programa Guanabara Azul. O acordo de cooperação vai viabilizar a implementação da economia azul, e prevê um plano de ação, desenvolvido a partir de um estudo sobre as características e os potenciais da Região Metropolitana.
O estudo incluirá avaliação socioeconômica, levando em consideração atividades ligadas à economia do mar, PIB, empregos e patentes, além de análises da segurança hídrica e dos ecossistemas locais. O plano de ação vai estabelecer metas de curto, médio e longo prazos, e distribuirá as funções com base nos princípios da OCDE sobre governança da água. Segundo o vice-governador, o primeiro passo para participar da ação da OCDE já foi dado, com a assinatura do decreto do Guanabara Azul, na última semana.
- O programa contará com uma plataforma de monitoramento em tempo real, com estrutura para modelagens e simulações. O Guanabara Azul ainda prevê a criação do Centro Integrado de Gestão da Baía de Guanabara (CIG-BG), responsável pelo planejamento e coordenação de ações de recuperação. O centro vai, entre outras ações, viabilizar a integração na governança e sustentabilidade da baía e captar e administrar recursos. A nossa meta é viabilizar o crescimento da economia azul, garantindo a preservação ambiental e a geração de emprego e renda - ressaltou Thiago Pampolha.
Universidade do Mar e Blue Rio
O Governo do Estado implantou também o Blue Rio, o primeiro programa colaborativo de economia azul da América Latina, que busca startups que proponham soluções inovadoras para combater os entraves do setor. O hub já reúne empresas parceiras nacionais e internacionais como GALP, Oceanpact, Vibra Energia e Águas do Rio. Outra ação é a Universidade do Mar. O programa de extensão da Uerj estimula atividades acadêmicas e técnicas para fortalecer ensino, pesquisa e inovação, promovendo o desenvolvimento sustentável da região costeira do estado.
Potencial em números
O estado do Rio tem uma área litorânea de 636 km de extensão. Cerca de 44% do PIB fluminense é composto da economia marítima, cujas principais atividades são navegação, turismo, geração de energia no mar (offshore) ou em costa, pesca, aquicultura e extração de petróleo e gás. Nos últimos anos, o Rio foi o estado que alcançou o nível mais alto de oferta de emprego, mais de 400 mil postos de trabalho relacionados a atividades marinhas.
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