Por: Dalton Ferreira
Quando me foi permitido pelo meu amigo Cesar Moutinho escrever aqui no Tempo Real sobre questões atuais ou sobre tudo aquilo que tivesse vontade, um turbilhão de assuntos assolaram minha mente desde a origem das espécies passando por cultura, política, ciências e tantos e tantos outros vieram a mente. Entretanto um tema que está em todas as prateleiras do noticiário é sobre o Ato Institucional que será realizado na próxima terça-feira (09/01) quando se completa um ano dos incidentes em Brasília. Em um cinzento domingo o país foi assolado com uma horda que se dirigiram aos prédios históricos da capital do País e o invadiram causando quebradeiras e destruição de obras e objetos históricos, sendo que alguns de difícil reparação e tantos outros irreparáveis.
É legítimo o direito de expressar seu descontentamento, mas é ilegítimo atingir o patrimônio alheio ou mesmo de todos ainda que você faça parte deste todo.
As obras de arte que foram vilipendiadas não era um patrimônio material, que pudessem ser trocados como se faz com uma lâmpada, além do mais tiveram obras que foram furtadas, quase todas infungíveis, ou seja, valia muito ao povo brasileiro pelo registro histórico e nada a quem as furtou, uma vez que dificilmente quem o fez sabe disso, tal ato seguramente se deveu mais como comprovação para externar sua bravata como um troféu aos amigos e familiares que para fins pecuniários, embora tenha o tal caso da porta do gabinete de um dos Ministros do STF anunciada por R$ 20.000,00 o que aparentemente não passou de um conto do vigário.
Passamos todo o ano de 2023 em constante questionamento e se aquele ato não tivesse sido rechaçado como ficaríamos, jamais saberemos, entretanto, a julgar como se deu a coisa, melhor que assim tenha ocorrido.
Assim, hoje 06 de janeiro, um sábado chuvoso, entretanto, aprazível, me deparo terminando a leitura da obra de Voltaire “Cândido ou O Otimismo” que aproveito para dar título a este que espero seja a primeira de muitos outros textos e tentarei ao máximo não ser enfadonho, desejando exatamente que finalmente o ano de 2024 nos seja, leve, otimista e cândido.
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