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Polícia contra bandidos provoca terror na Av. Brasil na manhã desta quinta (24)

Cesar Moutinho

Violência
Essas ações feitas sem o mínimo de estratégia e planejamento só servem para enxugar gelo. Refém, a população precisa sair das mãos dos traficantes e milicianos


Como se não bastasse o ato de selvageria na última quarta feira (23), praticada pela torcida uruguaia do Penarol no Recreio dos Bandeirantes, a manhã desta quinta-feira (24) foi a vez da Avenida Brasil viver o clima de terror. Durante uma operação da Polícia Militar no Complexo de Israel, Zona Norte do Rio de Janeiro, para impedir a chegada dos agentes, criminosos atearam fogo em carros e barricadas e atiraram com armas de fogo. Como resultado, um civil morreu baleado na cabeça, e outros cinco ficaram feridos.


Para evitar serem atingidos por balas perdidas, diversos passageiros de ônibus e carros deitaram-se no chão, alguns deles se abrigando ao lado das muretas divisórias. A Avenida Brasil acabou sendo interditada, gerando como reflexo longos congestionamentos em diversas partes do Rio. Foram afetadas a rodovia Washington Luís (BR-040), a Dutra (BR-116) e até mesmo a Ponte Rio-Niterói.


A vítima fatal foi levada para o Hospital Moacyr do Carmo em Duque de Caxias, foi identificada como Paulo Roberto de Souza, de 60 anos, mas já chegou sem vida. Ele era passageiro de um ônibus da linha 493B (Ponto Chic-Central), e foi atingido na cabeça por uma bala que atravessou a janela.


Além dele, também foram atingidos Geneilson Eustáquio Ribeiro, de 49 anos, que se encontra entubado em estado gravíssimo no mesmo hospital devido a uma perfuração no crânio; Alayde dos Santos Mendes, de 24 anos, atingida na coxa direita e em estado estável; um homem de 48 anos, atendido no Hospital Federal de Bonsucesso (HFB) e dois jovens de 27 anos, levados também para o HFB.


A operação policial mobilizada por tropas do 16º BPM (Olaria) visava deter responsáveis por roubos de carros e cargas, em comunidades de Cinco Bocas, Pica-Pau e Cidade Alta, todas do Complexo de Israel.


– As tropas enfrentaram forte resistência dos criminosos e dificuldade de avanço no terreno por causa das valas que eles cavam. Há relatos de que criminosos, na tentativa de fugir, saíram atirando e por isso houve a necessidade de interrupção do fluxo da Avenida Brasil e dos ramais da Supervia – declarou a porta-voz da PM, tenente-coronel Cláudia Moraes.


Com o evento aterrorizante, muita gente ficou sem chegar no trabalho. "A população do Estado do Rio de Janeiro na aguenta mais ter conviver com os altos índices de violência praticados contra o cidadão carioca e fluminense. Essas ações feitas sem o mínimo de estratégia e planejamento só servem para enxugar gelo. Refém, a população precisa sair das mãos dos traficantes e milicianos. A gente sai para trabalhar não sabe se vai chegar com vida em casa. Absurdo!", indignou-se Roberto de Souza, morador de Guadalupe - bairro da Zona Oeste.


A Avenida Brasil foi reaberta às 8h30.

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