O governador Eduardo Leite pede a aplicação de “algo parecido ao Plano Marshall(*)” para socorrer o Rio Grande do Sul na catástrofe que se abate sobre o Estado. O presidente Lula, que voltou a Porto Alegre com ministros e os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados e sobrevoaram a área sinistrada, declarou que o governo federal está voltado ao problema e vai trabalhar “sem limites de recursos” para a reconstrução dos mais de 345 municípios impactados. O boletim da Defesa Civil (06/05 – 9h00) registra 90 óbitos, 11 desaparecidos, 276 feridos, 850.422 afetados, 121.957 desalojados 19.368 socorridos em abrigos As equipes descoroa continuam trabalhando na área sinistrada (equivalente a dois terços do território estadual) e começam hoje, em Brasilia, as providências para atender a população e recuperar a infraestrutura no menor tempo possível. Além das simplificações que o estado de calamidade pública proporciona, os governos trabalham na simplificação de procedimentos com o objetivo do socorro chegar mais rápido aos flagelados.
O que a Defesa Cívil, Polícia Militar e equipes de voluntários envolvidos no resgate da população não podiam contar é com malfeitores se aproveitando da situação de calamidade para saquearem às residências. Com isso, muitos preferem ficar dentro de suas casas para proteger seu patrimônio. De acordo com os dados noticiosos, confrontos a bala já foram registrado e cerca de 16 pessoas foram flagradas e presas pela autoridades militares. Um verdadeiro caos sem precedentes.
Todavia, o plano de salvação nacional continua, sensibilizado por toda a nação do país em detrimento ao sofrimento do povo gaúcho. O que vem acontecendo no Rio Grande do Sul devido sua topografia, diversidade e característica de seus rios, dificilmente se repetirá nas outras unidades federativas. É por isso que pregamos a realização da enquete onde governadores e prefeitos possam enumerar os perigos de suas localidades. E, cada problema, merece a solução tecnicamente aconselhada. Apesar de ser um país desenvolvido no posto de vista econômico e tecnológico (a 9ª entre as 54 economias mais desenvolvidas do mundo), ainda precisamos de muita atualização. Tanto que o governo, os congressistas e sociedade estão empenhadas nas reformas econômica e ainda têm o propósito de reformar a política e outros setores vitais da sociedade. Eliminar os gargalos que provocam inundações, secas e outros males é uma das carências.
O que o Sul brasileiro necessita é apenas recursos para reconstruir a infraestrutura publica e privada solapada pelas águas e fenômenos climáticos. Excluindo-se as tormentas dos últimos meses, é o mesmo que todas as 27 unidades federativas e respectivos municípios necessitam, com uma diferença: os gaúchos, sinistrados, não podem esperar. Mas não muito porque, mais dias, menos dia, a tormenta poderá se abater nas outras regiões.(*) Quando fala em Plano Marshall, o governador usa o sentido figurado. Recorde-se que o citado programa, implementado pelos Estados Unidos, teve por objetivo reconstruir a Europa (especialmente França, Itália e Inglaterra) depois da destruição que sofreram na 2ª Guerra Mundial, travada em seus territórios. As medidas à época tomadas foram elaboradas pelo general George C. Marchall, do Exército dos EUA.(daí a denominação). E não tinha só o objetivo de consertar o que foi avariado pela guerra; também buscou a hegemonia política dos Estados Unidos na região frente à União Soviética, com quem os americanos começavam a Guerra Fria. Até a próxima se Deus quiser.
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