O governador Cláudio Castro (PL) anunciou na última quarta-feira (21) que o estado do Rio vive uma epidemia de dengue. São quase 50 mil casos e quatro mortes pela doença.
Segundo o governo, o número de casos na Região Metropolitana 1, que inclui a capital e a Baixada Fluminense, é 20 vezes maior que o esperado para o período. Na semana de 4 a 10 de fevereiro (chamada de 6ª semana epidemiológica), o número de casos nessa região chegou a 5.463, quando o esperado era 268.
"A gente acha que é uma ação importante para a gente trabalhar com tranquilidade. Decretamos a epidemia por um alto índice populacional. Decretando a epidemia, tiramos a burocracia para fazer um atendimento mais rápido."
"Teremos dias e meses difíceis ainda. Algumas regiões já passam por redução, mas de forma alguma diminui nossos esforços e atenção. A tendência ainda é de aumento", completou o governador
Até quinta-feira (21), um decreto será publicado no Diário Oficial sobre a situação do estado e confirmando a epidemia.
Por conta do avanço da doença, o estado criou um Centro de Operações de Emergência (COEs) Dengue para ampliar e agilizar a organização de estratégias de vigilância contra a doença. O COEs fica na sede da Secretaria Estadual de Saúde (SES), no Rio Comprido, na Zona Norte.
Agora, o objetivo é unir todos os setores de saúde, inclusive a Vigilância Sanitária, para dar uma resposta rápida para os municípios. Além disso, haverá ampliação de salas de hidratação em 22 Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) municipais e estaduais.
"Conforme forem chegando [os pedidos], podemos chegar a 80 salas de hidratação. Até agora, 12 municípios pediram o aumento de salas de hidratação. Estamos analisando", falou o governador.
"Nunca trabalhamos com tamanha projeção [de dengue]. Por isso, instalamos o COEs. As equipes de vigilância, assistência e comunicação vão agir contra a dengue. Sabemos que temos um aumento da dengue. Todos os municípios estão em contato e se eles pediriam assistência, vamos no local para enfrentar esse momento difícil nas próximas 6 a 10 semanas. Esse será o período que temos que ficar muito atento", afirmou a secretária de Saúde do RJ, Cláudia Mello.
Por conta da alta incidência da doença, o estado informou que reforçará o número de médicos e enfermeiros nas 27 UPAs da rede.
"Na outra quinta-feira, vou chamar todos os prefeitos e seus secretários de Saúde para que possamos ter uma reunião de avaliação de atendimento, para que possamos dar a mesma oportunidade de tratamento para a população do RJ", falou Castro.
Com recorde histórico de internações, a capital já tinha decretado epidemia por conta da dengue.
Além da dengue, os casos de Covid também apresentam crescimento.
"Vamos voltar com o painel de Covid para ficar mais visível. Temos um aumento da Covid, de janeiro até agora, de 4 vezes mais do que o esperado", disse a secretária.
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