Em três meses de funcionamento, o QR Code da SuperVia já recebeu quase 300 comunicações de passageiros do sistema ferroviário. Deste total, 59 reclamações estão relacionadas ao carro exclusivo para mulheres, que é disponibilizado pela concessionária para as clientes das 6h às 9h e das 17h às 20h. Entre as questões mais denunciadas pelos passageiros estão casos de desordem urbana, segurança pública ou falta de cidadania, como atos de vandalismo (22), ambulantes (21), roubo ou furto (14), manifestação religiosa (13), evasão de renda (12), consumo ou tráfico de drogas (11), perturbação na viagem (8) e cambistas (6).
As informações prestadas pelos passageiros contribuem para a SuperVia interferir com mais assertividade nos problemas que perturbam os mais de 300 mil usuários diários do sistema ferroviário no Rio.
Em relação aos dois maiores problemas – carro exclusivo e vandalismo – a concessionária já vem tomando providências. Diariamente, há avisos sonoros nas estações explicando que o carro das mulheres é exclusivo para elas. Cartazes também orientam os passageiros a não ingressar na composição adesivada em cor de rosa. Em situações de assédio, os colaboradores acionam a Polícia Militar, ação que, por vezes, culmina em detenções ou prisões.
Já o vandalismo, além de incomodar aos passageiros, também causa prejuízos financeiros. Somente com a reposição de assentos furtados, a SuperVia gastou mais de R$ 300 mil nos três primeiros meses do ano. Para evitar novos ataques, os bancos estão sendo substituídos por outros confeccionados em material de menor valor comercial.
O QR Code, iniciativa da área de Segurança da SuperVia, está espalhado dentro das composições e nas estações. A denúncia pode ser feita de forma anônima e muitos passageiros aproveitam o contato para tratar de mais de um problema.
– As informações colhidas pelos QR Codes são repassadas às autoridades competentes e servem para mapear e mitigar a ocorrência de novos crimes – afirma o gerente executivo de Segurança da empresa, Marcus Almeida.
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