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Foto do escritorJulio Moutinho

  A greve de professores e técnicos do Colégio Pedro II completa 2 dois  meses 


Educação
O corpo docente e técnicos-administrativos aderiram ao movimento da rede federal, iniado em março


 Em ato simbólico, estudantes, pais, mães e responsáveis do Colégio Dom Pedro II fizeram nesta segunda-feira (10) um protesto pedindo a volta das aulas e atividades escolares após 2 meses e 7 dias de greve dos servidores. O corpo docente e técnicos-administrativos aderiram ao movimento da rede federal, iniado em março.

 

Desde o início do ano letivo, os estudantes só tiveram um dia de aula.

 

"Entendo os professores, eles precisam mesmo desse reajuste, mas também os nossos filhos não podem ficar largados assim. Como é que vai ser o futuro?", questiona a mãe e dona de casa Jeniffer Machado, que tem três filhas matriculadas na escola.

 

A mais velha, Camila dos Santos, está no 3º ano do ensino médio. Neste domingo (9), na 1ª fase do vestibular da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Camila disse que se sentiu despreparada por conta da ausência das aulas. Ela sente medo, também, de ser prejudicada no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que acontece em novembro.

 

"A gente não está tendo ajuda da nossa escola, então a gente está estudando por pré-vestibular, aulas no YouTube, procurando questões antigas. Tudo sozinho. Não temos base, né? Então, como estamos estudando sozinhos, está sendo meio difícil", diz.

 

"Sendo sincero, se essas aulas não voltarem de maneira imediata, pra mim o ano letivo já acabou. Já tiveram dois bimestres de aulas em outras instituições. O Pedro II é o colégio mais atrasado no território nacional", disse o motorista Renan Maia.

Segundo os responsáveis, a greve tem afetado a rotina das crianças e pesado no bolso.

 

"Eu estou pagando professora particular para a minha filha não ficar tão atrasada e ela está frequentando psicólogo porque está tendo crises de ansiedade. Ela quer retornar, ela está com saudade dos amigos", detalhou a vigilante Letícia Lima.

 

Fase de negociações

 

Na última sexta-feira (7), a categoria decidiu em assembleia pela continuidade da greve. Nessa semana, serão iniciadas duas rodadas de negociação com o governo federal. E no dia 19 de junho, os servidores voltam a discutir se vão manter o movimento.

 

Eles reivindicam:

 

·         Reestruturação de carreiras;

·         Reajuste salarial;

·         Recomposição orçamentária das instituições de ensino.

 

Em tentativas anteriores de diálogo, os servidores não chegaram a um acordo com o governo e nem sobre a previsão de retorno das aulas.

 

"Eu achei que eu ia entrar, ia ter um monte de aula, ia me divertir, ia aprender muito. Mas não tá acontecendo isso. Eu quero que volte as aulas", fala o estudante Miguel de Matos, do 6º ano.

 
O que diz o Pedro II

 

Em nota, o Colégio Pedro II disse que a decisão pela volta às aulas é de responsabilidade do sindicato da categoria.

A entidade informou que espera ter as demandas atendidas pelo governo nas reuniões dessa semana, que acontecem nesta terça (11) e sexta (14).

O Ministério da Educação informou que está aberto ao diálogo.

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